SERES DA NOVA ERA- FÓRUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO - 2007





Professores aprovam ÍNDIGOS
Um dos maiores eventos de Educação organizados
no Brasil em 2007 debate a nova geração
MARCELUS CASCIANO
O Fórum Mundial de Educação do Alto Tietê, realizado de 13 a 16 de setembro, apresentou um tema que lotou uma das salas da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), sede do evento. Por volta de 100 professores assistiram ao 5º Seminário de Educação e Orientação ao Índigo, ocorrido no dia 14, das 13h às 17h. Esse inusitado assunto despertou a atenção das pessoas porque explica a origem do ousado comportamento das crianças em sala de aula e ainda ensina pais e mestres a lidarem com personalidades tão marcantes e desafiadoras.
Na opinião de Mônica Medeiros, médica formada na Universidade de Campinas (Unicamp) e pós-graduada pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, atualmente é impossível não conviver com os índigos. “Eles estão em toda a sociedade”, garantiu Mônica. Após o coordenador Afonso Moreira Jr. abrir o evento, a doutora Mônica iniciou o ciclo de palestras falando sobre “A saúde da criança”.
No começo de sua participação, a cirurgiã informou que, antigamente, gozar de boa saúde significava simplesmente ter todos os órgãos funcionando normalmente. Hoje, tal conceito é ampliado para o bom aspecto tanto físico quanto mental dos indivíduos. E as crianças do século 21 apresentam problemas em ambos os sentidos.
Garotos de várias idades não apenas assistem à televisão durante várias horas seguidas, mas também se divertem com violentos jogos de vídeo game. Eles ficam estressados por causa dos compromissos da escola, do curso de inglês e do futebol, por exemplo. Se o adulto precisa se alimentar muito bem para dar conta das próprias responsabilidades, imagine quanto deve ser balanceada a dieta das crianças?
Infelizmente, elas comem lanches e salgadinhos para saciar a fome em casa ou na escola. Segundo Mônica, os índigos são diferentes nesse sentido. Preferem alimentação natural, comem pouca carne, gostam de praticar esportes e apreciam ficar em contato com a natureza. Quanto aos bebês, só choram quando estão com fome ou precisam trocar a fralda. São normalmente quietos e não dão trabalho aos pais.
Durante sua explanação, a médica falou sobre um pediatra inglês que realiza pesquisas com crianças nascidas em 1998 em diante. “Elas apresentam características especiais”, informou. Apesar de pequena parte da comunidade científica estudar o tema, alguns países do primeiro mundo, entre eles Suécia e Finlândia, já realizam estudos específicos a respeito do índigo. “Existe até uma possibilidade de ele ter o mapa genético diferente das demais crianças; a possibilidade está sendo cuidadosamente analisada”, assegurou a médica.
O psicólogo Carl Jung, o físico Albert Einstein e o pintor Leonardo da Vinci estão entre os mais conhecidos índigos da história. É elevada a quantidade de “crianças especiais” nascidas a partir da década de 1980, mas isso não significa que a maioria será genial em sua área de atuação. Independente disso, elas conseguem destacar-se no meio onde vivem, seja por causa da grande inteligência ou devido ao comportamento desafiador, contestador. Érica Vitiello de Barros, psicopedagoga licenciada em letras, explicou durante a sua palestra “Educando crianças índigo” que eles estão espalhados pelo mundo inteiro, citando a China, a Rússia, a Itália e o Chile.
Classificar cada um deles segundo determinadas categorias e detalhar a forma de reconhecê-los foram os objetivos de Érica. Ela falou em primeiro lugar dos humanistas, cujo perfil pode ser identificado em quem apresenta facilidade de se relacionar com as pessoas e indica desde muito cedo em qual profissão irá trabalhar: médicos, políticos, advogados, executivos e professores são algumas das atividades escolhidas pelos humanistas.
Os conceituais são as pessoas que normalmente trazem na mente conceitos preestabelecidos e são ligados à área de exatas. Atuam normalmente como engenheiros, pilotos de avião e até militares. Na classe dos artísticos estão as crianças mais tímidas e sensíveis. Tem aptidão para serem, além de artistas, cientistas e pesquisadores em geral. Por último, vêm os interdimensionais. São fisicamente mais avantajados e auto-suficientes.
O tema ainda é novidade no Brasil, mas, de acordo com a psicopedagoga, a importância de estar num evento mundial de Educação é muito grande porque todos os participantes ganham com a troca de informações. “É possível descobrir como tratar o índigo, acompanhar seu desenvolvimento e, acima de tudo, amá-lo do jeito que ele é”, falou Érica.
Religiosidade sempre presente
Afonso Moreira Jr., pesquisador e autor de livros paradidáticos, ministrou a palestra “Criança índigo, espiritualidade e religião”, tendo em vista mostrar não apenas as diferentes características das religiões existentes no mundo, mas também quanto os índigos reúnem condições de se comunicar mais facilmente com a divindade.  Discorrendo a cerca de Deus, Moreira Jr. disse que em todas as religiões Ele é objeto de culto, o princípio supremo e a garantia de valores morais. “As religiões definem o modo de agir e de pensar das pessoas”, analisou o apresentador.
O palestrante também citou Egidio Vecchio, autor do livro “Educando Crianças Índigo”, editado pela Butterfly Editora,  que falou sobre a existência de Deus e de como o índigo O vê. Independentemente da religião, judaísmo, hinduísmo, budismo, islamismo, espiritismo, catolicismo e as afro-brasileiras, a aguçada sensibilidade desses seres “diferentes” permite maior entendimento das leis divinas. Eles não encontram dificuldades em colocá-las em prática, ao contrário, fazem questão de promovê-las. Ao lembrar de uma frase escrita pelo saudoso escritor, Moreira Jr. declarou que “O homem possui grande e desconhecida capacidade de evoluir”.  Depois completou: “Cada cidadão é único e deve ser educado como tal”.
Logo em seguida, a psicóloga Valdeniza Sire Savino apresentou a palestra “Hiperatividade e comportamento índigo”, com o objetivo de mostrar a diferença entre dois perfis. “Apesar de alguns comportamentos serem semelhantes, a postura de um e de outro são completamente distintas”, orientou Valdeniza. “Enquanto a criança com Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) ou com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) encontra dificuldades de concentração, o índigo se mantém no contexto das situações e responde prontamente (e de forma correta) o que foi questionado.”
Quer saber outras características? O hiperativo inicia várias tarefas e não termina nenhuma; devido à sua afobação, provoca pequenos acidentes, causando muito transtorno aos familiares e também não consegue ficar um só minuto parado. “Qualquer estímulo chama a atenção dele, que deixa de lado o que é realmente importante”, disse a psicóloga.
No que diz respeito ao índigo, ele não tem medo de expressar seus pensamentos e sentimentos, por isso é visto como rebelde; não aceita qualquer ordem apenas por ser dada pelos adultos. Para convencê-los, é preciso ser persuasivo e coerente. Valdeniza acredita que ter passado essas informações a um público formado por educadores foi bastante importante. “Os professores prestaram atenção, fizeram anotações e agora reúnem condições de ajudar seus alunos no dia-a-dia”, declarou Valdeniza.
Na opinião de Lenice Gomes, professora da primeira série numa escola de Mogi das Cruzes, agora é possível melhorar o relacionamento entre aluno e professor. “Eu nunca havia ouvido falar no termo índigo. Isso foi uma feliz descoberta para mim, pois o tema do seminário se encaixou perfeitamente no que acontece diariamente nas escolas”, confessou Lenice.
A professora Giuliane Coelho, que também leciona na primeira série em Mogi das Cruzes, foi ao evento porque leu e gostou do livro “Crianças índigo”, escrito por Lee Carroll e Jan Tober, publicado pela Butterfly Editora. “Quando vi o tema na programação do Fórum Mundial de Educação, imediatamente me agendei para assistir ao seminário completo”, falou Giuliane. A parte de que ela mais gostou foi a explicação a respeito da diferença entre os índigos e os portadores de TDAH.  “Tirei todas as minhas dúvidas; agora tenho condições de diferenciar quem é quem na sala de aula”, afirmou.
Além disso, a professora disse ser mãe de um índigo de cinco anos e que as palestras a ajudaram a entender melhor o menino. Mas não foi apenas ela que teve essa reação. As demais professoras fizeram perguntas durante o debate organizado após as palestras: a imensa maioria se viu disposta a refletir não apenas sobre a própria postura, mas também a dos seus alunos.
O fato de o Seminário de Educação e Orientação ao Índigo, evento apoiado pela Butterfly Editora e realizado pelo Grupo Espírita Geam ter sido apresentado num fórum de Educação é uma prova de que as pessoas estão preocupadas em entender-se para construir um futuro melhor.
 



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